Um encargo sobre um ativo pode assumir a forma de um encargo sobre instalações (ou seja, bens imóveis) ou outros activos detidos por um operador.
Um encargo sobre instalações pode assumir a forma de uma hipoteca de primeira ordem/encargo fixo sobre um terreno ou imóvel específico a favor da entidade reguladora. Enquanto o terreno/imóvel permanecer na posse do operador, a entidade reguladora terá o direito legal de fazer valer a sua garantia sobre o ativo e exercer o seu poder de venda em relação ao mesmo, se o operador não cumprir as suas obrigações para com a entidade reguladora ou se ocorrer qualquer outro "caso de incumprimento" ao abrigo do encargo. Esta situação pode, por exemplo, incluir a insolvência ou dissolução do operador ao abrigo do direito nacional.
Uma taxa sobre os activos pode ser utilizada como provisão financeira para as responsabilidades previstas de um operador, bem como para as responsabilidades decorrentes de um incidente imprevisto que cause danos ambientais.
ADVANTAGENS |
DESVANTAGENS |
✓ Como titular de um encargo fixo em relação ao ativo, o regulador será pago com prioridade em relação aos outros credores do operador’se o operador for liquidado na sequência da sua insolvência. Os fundos garantidos pelo encargo são, portanto, legalmente "seguros" em caso de insolvência ou dissolução do operador. ✓ Uma hipoteca tem a capacidade de libertar capital de um ativo ilíquido (ou seja, bens imóveis) para utilizar como prova de provisão financeira, permitindo ao operador continuar a utilizar o ativo. ✓ Não obriga o operador a reservar fundos, pelo que não imobiliza capital. ✓ Capacidade de assegurar a disponibilidade de fundos para cobrir responsabilidades que surjam a médio e longo prazo. ✓ Não pode ser afetado por alterações negativas na viabilidade financeira do operador&rsquo. ✓ Existe um potencial de aumento do valor do ativo.
|
X Quando uma entidade reguladora exige que o ativo não esteja onerado (ou seja, não deve ter quaisquer outros interesses registados contra ele, como um encargo a favor de um mutuante) antes de poder ser utilizado como provisão financeira para responsabilidades conhecidas e previstas, é provável que a grande maioria das instalações comerciais, em especial as instalações de escritórios de elevado valor no centro da cidade, não sejam adequadas para esse encargo. É provável que poucas dessas instalações sejam "livres de hipoteca", no sentido de que não existe qualquer encargo anterior registado a favor de um mutuante. X O ativo associado não está disponível para o operador para fins comerciais normais (por exemplo, para obter financiamento de dívida de um credor). X Os bens imobiliários são activos ilíquidos, o que significa que a sua venda e transferência de propriedade legal pode demorar algum tempo; por conseguinte, há um atraso na realização do seu valor. Este será particularmente o caso de activos especializados para os quais o mercado pode ser pequeno. X Há potencial para uma redução no valor do ativo devido ao declínio no mercado imobiliário global e/ou no mercado para essa classe/categoria de activos em particular. O valor do ativo também pode diminuir devido às condições económicas e políticas locais/nacionais. X Os encargos anteriores reduzirão a eficácia do encargo. |
Considerações importantes – Ccarga sobre o ativo
Considerações básicas |
|
---|---|
Documentação |
Os seguintes documentos são geralmente necessários:
Os documentos-modelo podem ajudar a garantir a cobertura dos aspetos fundamentais. |
Especificação da documentação | Geralmente, os documentos especificarão o facto gerador, que a entidade reguladora pode fazer uma exigência no caso de um facto gerador ou de insolvência ou dissolução, os requisitos em relação à apresentação de relatórios, notificações de cancelamento/expiração e substituição e ajustamento inflacionário e a especificação de que a entidade reguladora pode exigir a constituição de uma provisão financeira alternativa aquando do cancelamento/expiração, que a entidade reguladora pode fazer uma exigência à empresa-mãe e a forma como a garantia pode ser utilizada com referência ao perfil de custos da operação. |
Relatórios e monitorização | Isso incluirá eventos desencadeadores, desenvolvimentos que afectam a capacidade de assegurar a provisão, retiradas ou pedidos, desempenho da instituição/fundo/ativo, conformidade ambiental, o nível do passivo em relação ao valor da provisão financeira e (para passivos previstos) relatórios de progresso de restauração, notificação de cancelamento, expiração, renovação ou não renovação e datas de expiração, demonstrações financeiras anuais auditadas, notificação se for provável que a empresa-mãe já não cumpra os critérios financeiros especificados, progresso nos perfis de custos e restauração e datas de expiração da provisão financeira. |
Execução |
Será feita uma exigência sobre a provisão financeira se ocorrer o facto gerador. O regulador pode precisar de tomar medidas de execução em caso de declínio da saúde financeira, valor ou desempenho ou quando os relatórios exigidos não são fornecidos. A entidade reguladora terá de se certificar de que a provisão financeira é mantida/renovada/aceitável ou exigir uma provisão financeira de substituição e poderá ter de atuar em caso de declínio da saúde financeira da empresa-mãe. |